sábado, 4 de dezembro de 2010

Sé: O vácuo da alteridade

O filósofo infelizmente Argentino, Enrique Dussel, trata em seus textos o termo alteridade, ou seja, a importância do outro, a questão do outro e nos explica que só conseguimos existir individualmente (o eu individual) porque existe o outro (alteridade), o qual afirma nossa existência e doravante identidade.
¹ “Dessa forma eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me permite também compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato.”
Como enxergamos a alteridade na estação Sé de metro as sete e 17hrs? Porque as vezes nos sentimos tão só em meio à multidão?
Há um vácuo nesse ambiente, um vazio, que mesmo as pessoas estando juntas, elas conseguem estar separadas, como se não estivessem no mesmo lugar.
Será que realmente enxergamos o outro? Estamos tão preocupados e estressados com nossas vidas que mal conseguimos olhar o outro, que muitas das vezes está colado em nós, com os olhos cheios de lágrimas, esperando por um abraço.
E sentimos sós, porque temos como já disse no post anterior, medo do desconhecido, da alteridade. O sábio Mário Quintana disse: “A dor é inevitável, mas o sofrimento opcional”. Nós escolhemos se queremos sofrer ou não. Acredito que os paulistanos não são tão frios a ponto de negar um abraço.
Devemos tomar a iniciativa para um cotidiano melhor, mais caloroso, humanamente falando e isso será possível se seguirmos o exemplo que a ilustre Cora Carolina nos deixou no seguinte poema:
Precisamos ser:
“Colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagio...Isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
afinal, nada do que vivemos terá sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”.
Preencha o vácuo, faço do seu cotidiano um cotidiano verdadeiramente feliz!




¹essa frase foi tirada do seguinte link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alteridade
                                 


Déjà vu - O curioso reencontro
Segundo a Wikipédia, Déjà vu
é uma reação psicológica fazendo com que sejam transmitidas ideias de que já esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo. O termo é uma expressão da língua francesa que significa, literalmente, já visto.
Sabe-se que quando se vê uma pessoa, seja qual for o lugar, dificilmente a reencontramos.
Eu disse: “dificilmente e não ‘impossivelmente’”, pois há certas exceções e essa nos permite reencontrar algumas, talvez porque pegamos o mesmo transporte todos os dias ao ir trabalhar ou moramos no mesmo bairro e não percebemos, ou por qualquer outro motivo.
É bastante curioso a forma e o momento em que esses reencontros se dão. As pessoas se olham, sabe que já se viram. Algumas disfarçam, outras estampam um sorriso com o pensamento de: “eu te vi ontem” rs rs (risos). Pena que na maioria dos casos esse reencontro nada mais é que o cotidiano, todos os dias nos vemos, isso é comum, é normal e ficamos nesse empate, a beira de conseguir uma nova amizade ou quiçá um relacionamento mais sério.
Esse empate continua estagnado devido ao medo da alteridade, a medo do desconhecido. Se em cada oportunidade fizéssemos uma amizade, teríamos mais amigos que na rede social.
Permita-se conhecer a "alteridade" (tratarei melhor desse termo no próximo post: "sé: o vácuo da alteridade")

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Olhares no metrô

Olhares no metro
“Um olhar pode dizer mais que mil palavras”.
São distintos e interessantes. Misteriosos e inusitados. Feios e bonitos.
Engraçados e tristes. Ocorrem entre Homo e hetereos, os quais são protagonistas desses olhares. Nunca se sabe ao certo o que eles representam, mas as suspeitas são diversas e divertidas, pois fomos criados com uma excitante imaginação e às vezes não conseguimos refreá-la, quer dizer,  quase sempre não temos sucesso em tal propósito, se é que realmente almejamo-lo.
Situação em que eles se encontram:
Ela não para de olhar pra ele. O que isso representa? Ela está afim? Pode ser que sim ou que não, ou será que ela está tentando dizer: “pare de olhar o meu decote, seu púbere”. É...não sabemos ao certo, são só suspeitas...
Interesses...
Depois que olhos se encontram, eles procuram as mãos, para observarem se há alguma aliança. Quando não tem, o olhar continua. Quando tem, ele para. Isto é, quando eles não são sacanas...
Diversidade de olhares...
Alguns são tímidos...se os olhos fossem a boca, com certeza um longo e brilhante diálogo seria cravado e quem sabe um futuro relacionamento. Mas não é o que acontece, infelizmente! E quem perde são eles mesmos.
Outros são totalmente extravagantes (os homens são os mais comum nessa categoria), mas nem sempre agradam, pois a extravagância é demasiada e já não se sabe se ele realmente é extravagante, está bêbado ou louco.
Há também os que demostram compaixão. Quando contempla num mendigo, o estágio último da vida de um ser humano. Entretanto, olhos não mudam a realidade, apenas mostra o quanto devemos ser gratos por não vivermos em tal estado.
Dona de casa...Tristes olhos, olhos tristes. A noite pode não ter sido boa, ou o dia será bastante difícil, pois além de ter que aguentar o chefe o dia todo e quando voltar para casa, tiver de dar banho nos filhos agradar o marido, não será nada fácil e isso reflete no seu olhar.
Tristes, tristes são os olhos do rapaz que acaba de perder a namorada, não tem como não perceber...
Felizes são os olhares dos apaixonados, parece que estão num vácuo, nada e nem ninguém os tira a concentração, pois seus olhos não se desgrudam, algo fascinante e que desperta nos outros um olhar de esperança...a minha hora vai chegar!
Ah, esses olhares...dizem tudo e nada!  Uma boa dica para quem deseja decifrá-los: Leiam o livro – O corpo fala!  E Até à próxima...